"A dupla acepção da Teoria Social em 'Razão e Revolução' de Marcuse"
Alan Brandão
(Quinta, 13-12, às 12h00 - Sala 16 do PASL)

Resumo:

Hebert Marcuse desenvolve na sua obra um estudo sobre como a Filosofia passou a se concentrar em questões e relacionadas ao estado e da sociedade, ocupando-se do que ele conceitua como teoria social. Este trânsito tem início com a Filosofia Hegeliana - onde a estrutura da realidade determina a estrutura da teoria - distinguindo duas vias para as análises sociológicas posteriores. A primeira, marxiana, caracterizada pela negação da sociedade burguesa-industrial, apontando a insustentabilidade do capitalismo e tencionando sobre as possibilidades de superação desta sociedade. A segunda via, representada pelo positivismo Comtiano que , ao reivindicar um caráter cientifico para a Sociologia, nega qualquer possibilidade de superação da sociedade. Este trabalho, portanto, é uma tentativa de desenvolver os pormenores destas duas vias da Teoria Social e as implicações históricas destas teorias apontadas por Marcuse. Tal abordagem da Teoria Social faz parte de um panorama mais amplo de crítica ao método dialético perpetrado pela Filosofia Positivista, onde ocorre uma fetichização da ciência em detrimento de uma compreensão racional da síntese dialética envolvida nas contradições da realidade. Este embate teórico entre Filosofia Positivista e a dialética materialista permanece até hoje como o embate das ciências humanas colocando para nós o caráter conservador ou revolucionário da Teoria Social.

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