"Foucault e uma questão: para que a historiologia metodológica de Marx?"
Msc. Marcos Vinícius Paim
(Quinta, 13-12, às 12h00 - Sala 13 do PASL)

Resumo:

Temos contemporaneamente algumas tentativas de resgate, à luz de releituras acerca do pensamento marxista, de perspectivas possibilitando algumas confluências ou afastamentos a esta corrente filosófica com alguns autores, como Foucault por exemplo. A produção intelectual filosófica americana encontra-se, por parte de muitos pensadores, atrelada a uma gratificante discussão resultante da eminente virada histórico-pragmática de destrancendatalização para antigas e alicerçadas verdades, em que a metodologia histórica marxista aqui caberia como possibilidade crítica. Com este trabalho, também, nos propomos a uma contribuição para fomentar alguma reflexão que gira em torno da perspectiva de debate entre Marx/ Foucault. Contudo, diferente do que em muito tem se realizado como análises recentes, desta vez pondo de frente Marx e Foucault, por meio do próprio Foucault no Volume VI dos Ditos e escritos: repensar a política, a partir da conversa datada de 1978 com R. Yoshimoto Metodologia para o conhecimento do mundo: como se desembaraçar do marxismo. Apesar de muito pouco ter se dedicado ao pensamento marxista, Michel Foucault, segundo alguns autores, teve uma carga de influência muito grande do marxismo para dar tratamento às suas principais noções, como a de poder e sua relação com as novas formas de controle no âmbito de uma govenamentalidade. No entanto, aqui iremos realizar a exposição de outra problemática que envolveria o debate Marx/Foucault, e que se encontra na questão de tomar a historia como método. Tentaremos expor o quanto o autor francês terce suas críticas ao historicismo marxista, nos mostrando o quanto Marx é uma existência do século XIX que não pode vir a ser considerado, pelo seu método, como detentor último da verdade, já que este século produziu outras mentes mais verdadeiras quando se propôs a investigar o mundo a partir de uma perspectiva histórica, e a quem a genealogia foucaultiana teria a dever alguma coisa. Neste sentido, diferente do que vínhamos trabalhando quanto à problemática Marx/ Foucault, sob a visão de alguns dos seus contemporâneos estudiosos, iremos nos ater ao próprio Foucault enfrentando o “velho” Karl Marx.

PROGRAMAÇÃO INTERNA GERAL DO GT POÉTICA PRAGMÁTICA NO III ENCONTRO DE SÃO LÁZARO

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